Funkeiro é duramente criticado em redes sociais por musica machista e violência contra mulher


O funkeiro MC Diguinho vem sendo alvo de críticas em redes sociais por causa da música "Só surubinha de leve". Por cantar versos como "Taca bebida, depois taca pica e abandona na rua", ele é acusado de fazer apologia do estupro. O clipe vai ser lançado às 21h desta quarta (17).
Um post de MC Diguinho no Instagram sobre o vídeo (veja abaixo) recebeu comentários como "Lixo humano", "Machista" e "respeita sua mãe que deve ser uma batalhadora e que passou várias noites de sono pra que tu fosse um ser humano, não uma vergonha alheia".

Lançamento polêmico

MC Diguinho lançou uma versão de "Só surubinha de leve" no Soundcloud em 6 de setembro de 2017, que conta até agora com 886 mil reproduções;
No YouTube do funkeiro, há dois vídeos com o áudio de "Só surubinha de leve", ambos publicados em 11 de dezembro de 2017. Um deles tem 169 visualizações; o outro, mil;
Em 14 de dezembro, o áudio foi divulgado no canal Legenda Funk no YouTube, onde soma mais de 14 milhões de visualizações;

Em 15 de janeiro deste ano, MC Diguinho anunciou no Twitter que estava gravando o clipe e postou vídeo dos bastidores, dançando em uma escada acompanhado de um grupo mulheres. No dia seguinte, publicou uma foto em que elas vestem roupas íntimas;
Nesta terça-feira (16), ele fez um post no Instagram para anuncar que o clipe de "Só surubinha de leve" sairia no dia seguinte. "Tá chegando o grande momento", escreveu;

Além de comentários críticos no próprio post de Diguinho, houve outras manifestações condenando os versos da música e pedindo ao Spotify que exclua a faixa do serviço;
Nesta quarta-feira (17), "Só surubinha de leve" aparece em primeiro lugar na lista "Brazil Viral 50", do Spotify, à frente de "Joga bunda", de Aretuza Lovi, Pabllo Vittar e Gloria Groove, e "Que tiro foi esse", de Jojo Todynho.
No perfil de um fórum no Twitter, um post cita que "Só surubinha de leve" é "um atentado ao bom senso e uma propaganda do estupro".
Também há pedidos para que a música seja "denunciada" e tirada de serviços de streaming.
Na segunda-feira (15), a estudante universitária Yasmin Formiga escreveu no Facebook: "Se sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua ela não me serve, não me representa". O post teve mais de 30 mil curtidas e foi compartilhado mais de 120 mil vezes.
Publicação foi compartilhada por todo país. (Foto: Reprodução/Facebook)Publicação foi compartilhada por todo país. (Foto: Reprodução/Facebook)
Publicação foi compartilhada por todo país. (Foto: Reprodução/Facebook)
No Twitter, foi reproduzido um vídeo em que duas jovens cantam uma música que foi entendida como "resposta" a "Só surubinha de leve" (veja abaixo). Os versos são: "Abusar a mulher é crime, estupro é violência, tira as mãos de cima dela e coloca na consciência; (...) Só um recadinho de leve pra quem fala o que quer, não calo a minha voz pra defender uma mulher".


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