Agência
 Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta sexta-feira (31) 
que a bandeira tarifária de abril será vermelha, isso implica em uma 
cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quiloWatts-hora (kWh) consumidos.
É a primeira vez desde fevereiro de 2016 que a bandeira vermelha é acionada.
Ao
 longo do mês de março, vigorou a bandeira amarela (cobrança extra de R$
 2 para cada 100 kWh consumidos). Em fevereiro, ela estava na cor verde 
(sem cobrança extra).
A
 evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção
 de energia no país aumentou nos últimos meses. Isso está relacionado 
com a chuva abaixo do previsto, o que acaba reduzindo o armazenamento 
nos reservatórios das hidrelétricas ou fazendo com que esse 
armazenamento suba menos que o esperado.
Quando
 isso acontece, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por 
termelétricas, que é mais cara que a das hidrelétricas. Por isso, sobe a
 cobrança extra da bandeira nas contas de luz.
De
 acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os 
reservatórios das hidrelétricas instaladas no Sudeste e Centro-Oeste, 
que concentram 70% da capacidade de produção de energia do país, tinham 
armazenamento médio de 33,72% no fim de dezembro de 2016.
Esse
 índice subiu para 40,23% ao final de fevereiro e, na quinta-feira (30),
 dado mais recente disponível, estava em 41,51%. Ao final de março de 
2016, o armazenamento médio nesses reservatórios era de 58,27%.
A
 bandeira ficar verde quando há pouca ou nenhuma necessidade de geração 
de energia por termelétricas. Se essa necessidade aumenta um pouco, a 
bandeira fica amarela, e passam a ser cobrados R$ 2 dos consumidores a 
cada 100 kWh consumidos.
Quando
 o custo sobe muito, a bandeira, então, fica na cor vermelha e pode 
variar entre dois patamares. A cobrança extra nas contas de luz varia de
 R$ 3 a R$ 3,50 para cada 100 kWh usados.

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