O Governo do Estado
do Maranhão planeja ações de prevenção e combate aos incêndios florestais na
área da Amazônia Legal em 2016. No segundo semestre, o tempo mais seco, comum em
parte do estado, torna o ambiente mais vulnerável ao surgimento de focos de
incêndio nas grandes vegetações. Diante desse cenário, o governador Flávio Dino,
determinou que as medidas, contidas em planejamento anual, fossem colocadas em
prática, no intuito de prevenir e potencializar as respostas a esses incêndios
que tanto causam prejuízos aos maranhenses e ao valioso bioma amazônico presente
na região.
Na semana passada, representantes
dos corpos de bombeiros dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e do Maranhão, estiveram presentes
no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, para traçar metas sobre a criação
da força-tarefa permanente de combate aos incêndios florestais e cobrar apoio a
uma luta que não é somente dos estados que compõe a Amazônia legal, mas também
da União, inclusive. A meta é ampliar o compromisso em defender a Floresta Amazônica
e toda sua biodiversidade, ecossistema indispensável ao planeta.
O termo de
cooperação técnica em estudo, prevê que as corporações usem suas forças
operacionais e administrativas no sentido de combater, de maneira integrada, as
queimadas que ocorrem no rico bioma amazônico, problemática que ultrapassa as
divisas dos estados e perpassa pela autonomia de diversos governantes.
Por orientação do secretário de
segurança pública Jefferson Portela, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
(CBMMA), em parceria com a secretaria de meio ambiente (SEMA), já vem trabalhando
diversas ações de mapeamento e planejamento que irão contribuir para uma melhor
resposta operacional às queimadas neste ano.
De acordo com o
coronel Célio Roberto, comandante geral do CBMMA, o governador Flávio Dino e o
secretário de segurança pública Jefferson Portela determinaram que fosse
colocado em prática um consistente plano para a preservação das florestas
maranhenses. O assunto foi debatido em uma das reuniões do gabinete de gestão
integrada, e engloba ações que vão desde atuação das delegacias de meio
ambiente contra a extração ilegal de madeira até o emprego de profissionais
diretamente na extinção de focos de incêndios florestais.
Além de outras
ações, a corporação está promovendo cursos de capacitação específicos para o
combate a incêndios nessa região mais afetada. “Estamos atentos para a
aproximação do período de estiagem, nos próximos dias, 31 bombeiros militares deverão
concluir o curso de prevenção e combate a incêndio florestal (CPCIF). Esses
profissionais estarão capacitados para atuarem nas ações de defesa e
preservação do nosso bioma Amazônico” declarou o comandante.
Ranking
De acordo com o
Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), no ano passado, o número de
queimadas no Brasil aumentou em 27,5%. Ao todo, o país teve quase 235 mil
incêndios em 2015 contra 184 mil no ano anterior. Os três primeiros estados do
ranking brasileiro com maior índice de queimadas fazem parte da Amazônia Legal:
Pará (44.774 registros), Mato Grosso (32.984 registros) e Maranhão (30.096
registros), respectivamente.
No Acre, em Rondônia
e Roraima, as queimadas já começam em junho. No Maranhão, há maior incidência
nos meses de agosto, setembro e outubro.
Reserva Arariboia
No ano passado, o
Corpo de Bombeiros do Maranhão combateu um incêndio de grandes proporções na
Reserva Arariboia, na região central do Maranhão. O Governo do Estado decretou
situação de emergência em onze terras da reserva indígena. Durante 49 dias, 124
homens se empenharam para impedir alastramento do fogo e reduzir os impactos
negativos às comunidades indígenas e à vegetação local.
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