Folha de São Paulo desmente Governo do Estado e facção criminosa e confirma estupro de mulheres na Penitenciária de Pedrinhas



Até agora ainda não se sabe quem ordenou um detento da Penitenciária de Pedrinhas pertencente à facção criminosa Bonde dos 40, que usou um telefone celular para dar explicações, e desmentido os blogs jornalísticos, de que não estava havendo nenhum tipo de estupros praticados por chefões do tráfico dentro do presidio  contra as esposas e irmãs dos detentos.
Fontes bem seguras informam que o próprio governo estaria por trás dessa articulação na tentativa de desmentir os jornalistas que não são ligados ao governo.
O que deixou muitas  preocupadas foi o fato de um detento ligar para o programa de Osvaldo Maia, na tarde desta sexta –feira (27)  desmentido  bloqueios  jornalistas que  não passava de boatos , o que leva a suspeita que membros do governo do estado estariam por trás da uma articulação para calar a imprensa do Maranhão que vem arranhando a imagem da poderosa Governadora do Estado. Uma verdadeira  temporada do abafa, mas usando até mesmo uma facção criminosa.
A pergunta  é quem foi  e que deu autorização para  que um detento fizesse uma ligação de um aparelho celular para o programa Osvaldo Maia o" BRASIL URGENTE" do Maranhão  de dentro do presidio de Pedrinhas .
A Folha de São Paulo botou novamente por terra a tentativa de governo maranhense  de abafar  a triste realidade  do sistema de segurança de nosso estado  veja a matéria do jornal FOLHA DE SÃO PAULO,  onde desmente até mesmo a facção criminosa.     
Homem com a perna disserada torturado até a morte, relações sexuais em ambiente coletivo e presos com doenças mentais misturados aos demais detentos. E a conclusão: o governo do Maranhão tem sido "incapaz" de coibir a violência.
O cenário de terra sem lei no complexo prisional de Pedrinhas, na capital, São Luís, foi descrito em um relatório do juiz Douglas Martins, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), após visita ao local no dia 20.
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O governo maranhense confirmou 59 mortes neste ano em Pedrinhas –já o CNJ aponta 60. Na última rebelião, em 17 de dezembro, três detentos foram decapitados.
O complexo, projetado para 1.700 homens, abriga 2.500, segundo o CNJ.O documento foi entregue na sexta (27) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que preside o conselho. O relatório reproduz o apelo feito ao ministro pela OEA (Organização dos Estados Americanos) de que o governo brasileiro precisa agir para garantir a integridade dos presos no Maranhão.
Uma cena chocante é citada no documento: um vídeo, que, segundo Martins, foi enviado pela direção do sindicato dos agentes penitenciários, com o registro da morte lenta de um detento em Pedrinhas.
O vídeo é "a cena mais bárbara que já vi", nas palavras ditas à Folha por Martins, juiz experiente em visitas a presídios pelo país.
A imagem mostra um preso ainda vivo tendo a pele da perna dissecada. A tortura expõe músculo, tendões e ossos.
A Folha teve acesso ao vídeo. As imagens são muito fortes.
A primeira explicação no relatório para o caos encontrado é o excesso de presos. "As unidades estão superlotadas e já não há mais condições para manter a integridade física dos presos", além dos familiares e dos que atuam em Pedrinhas.
Soma-se à superlotação o método do governo maranhense de misturar no mesmo espaço presos do interior e da capital. A reunião motiva a guerra entre facções: o Bonde dos 40, de criminosos da capital, e do Primeiro Comando do Maranhão, do interior.
Quem chega a Pedrinhas precisa aderir ao sistema, diz o relatório. "Presos novos são obrigados a escolher uma facção quando ingressam nas unidades."
O juiz do CNJ presente na visita cita ainda que os responsáveis pela segurança já não são capazes de conter os presos. Para um agente entrar em pavilhões, é preciso ter o aval de líderes de facções.
Como não há celas no CDP (centro para presos provisórios) e nas duas penitenciárias (para os já condenados), todos circulam livremente. O modelo, para o CNJ, "inviabiliza a garantia de segurança mínima para os presos sem posto de comando".
ESTUPROS
A insegurança para esses detentos novatos, na base da hierarquia das facções, se estende às suas mulheres. O documento aponta que, como o ambiente é coletivo, é no mesmo espaço que ocorrem os encontros íntimos.
A livre circulação, diz o documento, "facilita o abuso sexual praticado contra companheiras dos presos sem posto de comando".
Martins argumenta ainda que o governo do Maranhão "tem se mostrado incapaz de apurar, com o rigor necessário, todos os desvios por abuso de autoridade, tortura, outras formas de violência e corrupção praticadas por agentes públicos".
Procurado, o governo do Maranhão não se manifestou. Em reportagens anteriores, informou que criou uma direção de segurança dos presídios, sob comando da Polícia Militar, a fim de reforçar a segurança.
O governo já havia afirmado também que sempre agiu em conjunto com setores da defesa dos direitos humanos e que "o agravamento da situação" ocorreu após o Estado ter tomado "medidas saneadoras", como mudanças de comando e reestruturação dos presídio

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