Marinha retoma busca por desaparecidos em naufrágio na Ilha de Marajó

A Capitania dos Portos do Estado do Pará retomou neste sábado (20) as buscas de pelo menos três pessoas desaparecidas em um naufrágio no rio Arari, na Ilha de Marajó (PA), ocorrido na madrugada de sexta feira (19).

O acidente deixou 12 mortos e outras 49 pessoas foram resgatadas com vida, segundo a Capitania dos Portos.

Os três desaparecidos, segundo relatos de sobreviventes e conhecidos, são um homem, uma mulher e uma criança de 1 ano. As buscas, que haviam sido interrompidas à noite, foram retomadas cedo.

O piloto da embarcação, que estava superlotada e tinha problemas na documentação, foi preso em flagrante sob suspeita de homicídio doloso eventual (por assumir o risco de provocar mortes). Segundo a Marinha, ele não tinha a habilitação adequada para o transporte.

O barco seguia da Ilha do Marajó para Belém, numa viagem que havia começado na quinta-feira (18). No momento do naufrágio, ele estava a quatro horas da capital paraense.

O piloto disse à polícia que fazia uma curva quando o barco tombou. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela Marinha.

O comandante do navio que naufragou em Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó (PA), foi autuado em flagrante por homicídio doloso por assumir o risco do acidente. Ao menos 13 pessoas morreram. Segundo a Polícia Civil do Estado, Luís Acácio da Silva Lima, 42 anos, confessou que não tinha habilitação para pilotar a embarcação e ainda admitiu que o barco estava com excesso de passageiros, conforme informações da Agência Pará de Notícias.

O delegado Arilson Caetano, superintendente regional de Campos do Marajó, disse que o comandante vai responder também pelo crime de expor a perigo embarcação ou aeronave, previsto no artigo 261 do Código Penal. O barco tinha capacidade para 25 pessoas a bordo, mas, de acordo com a lista apresentada pelo acusado ao delegado, quase 60 pessoas estavam presente na embarcação, entre tripulantes e passageiros.

barco saiu por volta de 23h de ontem da comunidade de Vila Arapixi, em Cachoeira do Arari, e seguia pelo rio Arari em direção ao trapiche no município quando ocorreu o acidente. Na versão apresentada pelo comandante à Polícia Civil, o naufrágio teria ocorrido em uma curva, a 500 metros do destino. Luís Acácio afirmou também que no momento do acidente, o barco estava navegando contra a correnteza e, devido à força das águas, tombou no rio.

A lista apresentada ao delegado aponta 49 passageiros e oito tripulantes, entre eles o comandante, a mulher e a filha dele, mas Arilson Caetano não acredita na relação. Para ele, o número de pessoas a bordo pode ser maior. As equipes de resgate continuam na região para fazer a retirada da embarcação e verificam se há outras vítimas.