Palmeiras com a corda no pescoço enfrenta o Fluminense

Domingo (11) tem Fluminense e Palmeiras. Como se não bastasse ser líder com folga na competição, estar muito próximo do título e em lua-de-mel com a torcida, o Fluminense ainda tem a oportunidade de fazer um dos últimos treinos antes do jogo contra o Palmeiras dentro de um cartão-postal.
Um cenário diferente daquele em que vive o adversário. Muito, mas muito diferente. São caras mais fechadas e pouquíssimos sorrisos. O Palmeiras tem que vencer, mas logo quem?
“O que o destino nos reservou. Eu ter o jogo mais importante do ano e em cima do líder que, para ele, passa a ser o jogo mais importante do ano”, comentou Gilson Kleina, técnico palmeirense.
O Fluminense pode ser campeão brasileiro no domingo. Se o Atlético Mineiro perder para o Vasco e o Grêmio não vencer o São Paulo, o Fluminense só precisa do empate para ser tetra.
Para o Palmeiras, vencer significa prolongar a permanência na Série A. Jogadores e comissão técnica estão mergulhados em contas e projeções de resultados. O time precisa vencer os quatro jogos que restam e torcer contra Sport, Bahia e Portuguesa, que estão acima na tabela.
Tricolores encantados com o time, com a campanha no Brasileirão. Manifestações empolgadas, cheias de carinho. O Fluminense abraçado pela torcida.
Mas se no Rio de Janeiro tem declaração de amor, em São Paulo a relação é tensa. Para piorar ainda mais a vida dos palmeirenses, alguns jogadores passaram a receber ameaças de agressão de torcedores mais radicais insatisfeitos com a situação do time.
Parte dessa torcida provocou uma confusão no último jogo, contra o Botafogo. Quatro PMs ficaram feridos. Barcos, principal goleador palmeirense , com 27 gols na temporada, disse que vai embora se for ameaçado.
“Se tiver que ficar com medo, andar de carro blindado, com segurança é muito complicado. Se tiver que viver assim, eu vou embora”, disse.
“A gente sabe que é uma situação ruim que eles estão passando, mas a gente tem que aproveitar esses momentos para fazer os gols e vencer”, afirmou Edinho, jogador do Fluminense.
“Na verdade, a gente já está comemorando o título há umas dez rodadas”, brincou um torcedor tricolor.
Euforia, angústia, prazer, desespero. Palmeiras e Fluminense, emoção aos extremos.
 

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